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Reis dos micos da escola

Quem NUNCA sofreu um MICÃO na vida? Eu sei que é terrivel. Mas faz parte da minha fama socio/escolar. Eu sei. "Você é louca? OU você é uma idiota e só quer chamar a atenção dos outros fazendo eles rirem." Acredite:eu não sou assim. Nenhum dos dois. Só sou feliz e as pessoas "recebem" a minha alegria que eu inrradio.
 Olhem alguns micos-que não são meus:

*Era hora do recreio na escola, eu e meus amigos estávamos fazendo a maior farra!

Do nosso lado, uma faxineira estava nos encarando com a cara muito feia (ela nunca foi com a minha cara, não sei bem por quê?).

Ninguém gostava dela na escola e nós falávamos mais alto só para irritar ela!

O meu amigo começou a me zoar, eu fiquei furiosa e fui tentar dar um tapa nele! Na hora em que a minha mão ia acertar o menino, ele colocou o prato de comida na frente para se proteger e não deu outra, bati com a mão no prato que voou na faxineira!

Meus colegas começaram a rir desesperadamente e gritar "Vai apanhar".

Morta de vergonha eu fui até lá e pedi desculpas para a faxineira.

Ela me olhou com uma cara! Fez eu pegar uma vassoura e limpar toda a sujeira.

O pior é que cheguei atrasada na aula e a professora me deu a maior bronca!!! Fala sério! Ninguém merece!!!

*Certo dia, acordei toda desesperada e aflita, pois tinha perdido o horário de ir para a escola. Comecei a me arrumar imediatamente, coloquei o uniforme, peguei todo o material, saí e fui correndo para chegar a tempo, com a intuição que o portão ainda estaria aberto.

Cheguei na entrada e tudo fechado. Corri para a recepção e o portão também estava fechado. Achei estranho e comecei a gritar o nome da inspetora, mas nada adiantou. Eu não entendia nada, pois a secretaria sempre ficava aberta, resolvi voltar para casa.

Na volta, as pessoas começaram a me olhar de um jeito meio estranho, principalmente o padre que estava em frente à igreja. Isso estava ficando cada vez mais estranho, mas prossegui o caminho.

Ao chegar em casa, minha mãe estava toda preocupada e começou a perguntar onde eu tinha ido. Eu, mais apavorada ainda pela situação, disse que fui à escola, oras! E de repente ela me fala: Filha! Hoje é sexta-feira santa! Feriado!
Nossa quis morrer!
*Certa vez, ia ficar com um menino super gato que tinha um irmão gêmeo. “Ficamos” e, no outro dia, fui para a escola abafando, já que tinha beijado o Fagner, um dos carinhas mais desejados do colégio.

Quando cheguei na sala, o guri que eu pensava que tinha ficado, começou a dizer que não tinha me beijado e que no dia e lugar marcado, mandou o irmão dele ir avisar que não ia dar para aparecer.

Mas o ruim é que eu beijei o irmão dele! E o pior é que só me dei conta depois, quando me contaram
*Em agosto desse ano, vim como intercambista para a Flórida, nos Estados Unidos, para fazer o colégio.

Nos primeiros dias de aula, fiquei super encanada com todo aquele ambiente novo e quase não falava com ninguém. Apesar disso, sempre via um menino loirinho de olhos verdes e cabelo “The Strokes” passando pra lá e pra cá na hora do lanche. Como sou um pouco tímida, nunca tive coragem de “chegar”, sabe?

Por causa das aulas intercaladas que temos por aqui, ele acabou caindo na minha sala de computação. Quando o vi entrar, fiquei radiante e, depois, fiquei mais ainda, já que ele sentou bem do meu lado!

O único problema é que comecei a me preocupar demais com o meu visual e com o meu hálito. Só pra garantir, pedi para ir ao banheiro e corri para a cantina para comprar uma bala. Não tinha a mínima idéia de como pedir uma bala gostona e cheirosa, então peguei a primeira que vi.

Voltei, sentei do lado dele de novo e comecei a chupar a bala. Mas afinal, por que diabos eu fui comprar aquilo? Aquele maldito doce tinha um gosto horroroso e minha boca já estava me dizendo “joga isso fora logo!” O pior ainda estava por vir...

Do nada, o garoto falou “oi” e perguntou meu nome. Eu tive que resolver entre responder ou correr até o lixo e cuspir a bala, mas quem disse que eu fiz isso? Pensei que podia segurar aquele gosto horrível e comecei “My name is...”. Porém, eu estava tão enojada que acabei não segurando e cuspi tudo na cara dele!

O guri não ficou bravo, nem nada, mas disse que ia lavar o rosto no banheiro. Quem disse que ele voltou? Na aula seguinte, ele nem arriscou falar comigo!
*Na 7ª série, os únicos acentos que tinham para sentar na hora do recreio eram ocupados pelas pessoas que merendavam na escola. Eu e minha melhor amiga odiávamos passar os únicos minutinhos de descanso em pé e, por isso, sempre corríamos para sentar numa cadeira vaga que ficava em frente à sala dos professores.

Um dia, minha amiga saiu em disparado na frente e eu, para cortar caminho, resolvi passar por um canteiro que tem na minha escola. Mas, no meio do “atalho”, surgiu uma estaca sabe-se-lá-de-onde-veio e eu tropecei feio mesmo! O pior é que, depois disso, eu continuei deslizando – já que o lugar era inclinado – e mais: uma meia dúzia de gatinhos me viu e eles quase rolaram no chão de tanto rir.

Quando minha amiga “camarada” percebeu o que havia acontecido, ela parou de correr e voltou pra ver meu estado deplorável. O problema é que, ao invés de me dar “aquele” apoio moral, ela começou a gargalhar muito alto, chamando a atenção de todos na escola!

No final das contas, levantei toda suja de terra, ri forçado para disfarçar e quem não viu meu micão, acabou sabendo depois, já que minha amiga fez questão de repetir toda a história nos mínimos detalhes.
*Na escola em que estudo tem cursos de dança e, como amo dançar, me inscrevi para participar das aulas. Logo no primeiro dia, o professor disse que tínhamos que dar nosso melhor porque nos apresentaríamos em duas semanas para o colégio todo.

Durante esses dias, fiz o maior esforço para aprender a coreografia e arrasar no palco. Pra ser sincera, eu estava mesmo indo bem, tanto é que a sala me elegeu como a dançarina que abriria a apresentação. Fiquei toda orgulhosa e aceitei, claro!

No dia do espetáculo, eu estava linda! Brilho nos lábios, maquiagem no rosto e uma sapatilha rosa maravilhosa! Como combinado, entrei no palco dançando a música “Umbrella”, da Rihanna. Por poucos minutos, fui o sucesso da platéia. Todos gritavam e aplaudiam, cantando a música. Porém, o meu mico começou aí...

Tinha que dar um passo ousado: abrir espacate e depois fingir que chutava uma bola na minha frente. No momento em que fui chutar, minha sapatilha voou na platéia e bateu na cara de um menino. Todos começaram a rir e pedir para eu jogar o outro par. Até aí tudo bem... só que, como estava com um só sapato, comecei a escorregar. Num passinho rápido em que cruzei as pernas, acabei derrapando no chão e caindo de pernas abertas! Esse foi o fim do mundo!!! Saí correndo e me tranquei no banheiro até o show acabar. Nunca mais quis me apresentar!

*Eu estava na 7ª série e era aula de Educação Física. Justamente nesse dia, a professora chamou todo mundo num canto e disse que ia dar uma prova de resistência surpresa. Seriam 50 voltas na quadra: quem estivesse de calça de ginástica participava e quem não estivesse, ficaria com zero de participação.

Eu mal tinha corpo, mas nesse dia, vesti uma blusa de tecido bem fino e aproveitei para colocar um sutiã de enchimento, só para dar mais “volume”, sabe?

Como adoro a aula e corro muito, comecei a apostar corrida com todos os meninos da sala. Ganhei de todos eles e me senti “A Poderosa”. Mas, como a vida não é perfeita, alguma coisa de mal ainda estava por acontecer...

Na minha escola, o gol não tem redes, então fica um vão entre as traves. Para me gabar, corria rápido no meio delas e nunca enganchava. O problema é que numa das voltas, minha blusa grudou no ferro e rasgou completamente! Caí no chão e fiquei só de sutiã no meio de toda a sala. Minhas amigas morreram de rir, mas uma delas se sensibilizou e trouxe a jaqueta para me cobrir.

Vesti tudo bem rápido, levantei e dei uma risadinha só para disfarçar. Tinha que fingir que estava tudo bem, mas a verdade é que eu não sabia onde enfiar a cara.

Depois de algum tempo, o assunto se espalhou de tal forma que todos na escola já sabiam do mico que eu tinha pagado e quando eu passava, todos falavam: “não tem peito, use sutiã de enchimento. Só tome cuidado para não tropeçar no orgulho e rasgar toda a blusa”.

*Era dia de festa junina lá na minha escola, então fiz a maior produção. Coloquei uma saia linda, blusinha de barriga de fora e tal. Fui lá, crente que arrasaria.

Estava esperando a minha hora de ir apresentar a quadrilha e, quando me chamaram, subi, arrumei as posições das pessoas e pronto.

Começou a dança e eu estava lá na frente. Pra me mostrar “a poderosa”, dei um giro e, como sou bastante estabanada, tomei um tombo feio e caí bem em cima da minha amiga. Minha calcinha apareceu, todo mundo viu e começou a rir. Já a guria caiu em outra pessoa, que caiu em outra, que caiu em outra... Efeito dominó, sabe? Mas não acabou por aí...

O show acabou e, quando eu e meu par fomos descer a escada, ele tropeçou e acabamos rolando os degraus.

Minha blusinha curtinha rasgou toda, minha barriga ficou toda ralada e eu fiquei totalmente acabada. Enquanto isso, todo mundo ria!

*Era um dia de chuva chato e eu já estava super atrasada para ir à escola.

Na correria, coloquei tudo dentro da bolsa: celular, carteira, guarda-chuva e absorvente, já que eu estava “naqueles” dias. Para falar a verdade, nem me importei em organizar direitinho.

Peguei o ônibus e sentei do lado de um guri lindo de morrer! Ele me olhava direto e eu, pra dar uma de difícil, coloquei o MP3 para tocar. Estava na maior curtição, até que chegou a hora de descer...

Como estava o maior temporal, abri a bolsa para pegar o guarda-chuva, mas não percebi que o bendito absorvente estava grudado num dos ferrinhos. Quando tirei a sombrinha para fora, ele voou e caiu no colo do meu gatinho! O menino olhou e começou a rir, na cara dura!

Fiquei morrendo de vergonha e como não sabia o que fazer, peguei o absorvente e sai correndo em direção a porta, mas acabei tropeçando em um dos degraus e cai com tudo no chão.

Pior mico da minha vida! Mas meninas, só uma dica: sempre arrumem suas bolsas!
*A escola promoveu um acampamento super bacana e lá fomos eu e minhas amigas, todas muito empolgadas com o passeio.

Em uma das noites, os organizadores planejaram uma baladinha e eu me produzi toda para arrasar na pista. Até coloquei a calça novinha que minha mãe tinha me dado de presente!

No caminho para o salão, eu e minhas amigas vimos uma rã. Uma delas me provocou e disse "Duvido que você chegue perto". Eu, querendo mostrar para todo mundo que era a gostosona, cheguei bem pertinho do animal, mas adivinha o que aconteceu...

Quando olhei para trás pra dizer "Duvidou, né?" e rir porque minha amiga perdeu a aposta, a rã pulou na minha calça e grudou de tal maneira que não consegui tirá-la!

Comecei a me sacudir e gritar bem alto, parecia uma doida! Porém, ninguém teve a bondade de vir me ajudar a sair da situação. Todo mundo que estava passando parou pra ver meu desespero.

As patinhas do bicho estavam frias e nojentas e a rã se locomovia pra lá e pra cá na minha calça. Quando pensei que o pesadelo tinha acabado, a rã mijou em mim e pulou pra dentro de uma lagoa que tinha no local.

Todo mundo foi rindo de mim no caminho até o salão e eu, toda desmilinguida, tive que passar a noite fedendo rã!

*Estava andando e conversando com minhas amigas no recreio quando aconteceu o pior mico da minha vida.

Elas estavam atrás ouvindo o que eu falava e o zelador da escola estava bem na minha frente. Uma das minhas amigas me chamou e eu virei para ver o que ela queria. A guria me fez rir tanto que eu nem prestei atenção que, na minha frente, o coordenador havia abaixado para pegar o celular que tinha caído. Na hora que virei de volta, fui de cara na bunda dele! Virei correndo pra disfarçar e jurei que ninguém havia visto, mas me enganei feio! Minhas amigas estavam atrás de mim se matando de rir e o coordenador estava com uma cara péssima!

E não acabou por aí! Quando chegamos na sala, a minha amiga muuuuito discreta contou isso para o professor e para toda a sala. Agora todos me chamam de “cheira bufa”.
*A escola promoveu uma festa junina e, como eu não fiz muito sucesso nas comemorações anteriores, passei horas e horas me produzindo para ver se dessa vez eu desencalhava.

Os meninos mais lindos estavam dando sopa no pátio e eu resolvi me exibir. Passei rebolando com meu vestidinho florido, sapatinho preto e minhas trancinhas de caipira. Fui até a mesa de comes e bebes e fiquei enrolando para ver se algum gatinho me dava bola. Enrolei, enrolei e nada...

Quando já estava desistindo, o menino de quem sou afim veio conversar. Ele estava simplesmente maravilhoso! Cabelinho arrepiadinho, olhos verdes e fofos... só tinha um problema: o perfume dele estava muito forte e eu sou alérgica.

Ele se ofereceu para pegar canjica e eu, é claro, aceitei. Na volta ele veio todo sorridente e gentil e me deu o pratinho. Comecei a comer, mas meu nariz começou a irritar. Estava torcendo para que nada de ruim acontecesse, mas não deu. Dois minutos de conversa e ATCHIN. Me senti aliviada e pronta para continuar a conversa. Quando levantei o rosto porém, ele estava com um monte de canjica na cara!

Saí correndo da escola e fiquei no estacionamento até o fim da festa. Nunca mais tive coragem de olhar na cara dele, mas sei que todo mundo me chama de “espirrador”.